quinta-feira, 2 de abril de 2009

NA CORTINA COM CAROL PABIQ

Hoje trazemos não só uma rainha mas uma profissional da arte para um rico bate papo, NA CORTINA COM: CAROL PABIQ!

Cópia de desfile

CORTINA: Carol, conte para nós um pouco de você e como você chegou ao carnaval.

CAROL PABIQ: Bem, em 2005 eu conheci o Santa Brigida, e no mesmo ano eu saí no primeiro carro no Auto do Círio. Esse foi o meu primeiro contato direto com um evento carnavalizado. Desde 2008, sou a Porta-Bandeira oficial do Auto do Círio e desde de então o Flávio Negrão, sempre foi o meu Mestre-Sala.

Sou Atriz desde 2005, desse ano em diante encenei nos palcos e na rua. Em 2009 participei como dançarina na bolsa de pesquisa e experimentação artítica do IAP sob direção do Miguel Santa Brigida.

Eu sempre acompanhei o carnaval como espectadora. Quando criança o meu padrinho sempre me levava p ver de perto além disso, eu acompanha o rainha das rainhas.

Porém fiquei um pouco afastada durante um certo tempo, depois que conheci o Miguel, comecei a estudar sobre o carnaval e performance artística. Conheci a Tatiana em 2008, quando ela foi nos visitar no IAP -instituto de artes do pará. Ela já conhecia o meu trabalho como porta-bandeira do Auto do Círio, alguns dias depois conversamos sobre carnaval e disse que tinha vontade de sair na escola mas somente em dezembro a relação com a Tradição foi oficializada.

CORTINA: O que você tem a dizer de sua primeira experiência como Rainha da Bateria de uma escola?

CAROL PABIQ: Confesso que ter desfilado em uma escola de samba pela primeira vez, e como rainha da bateria não foi somente uma experiencia inesquecível, pude sentir, perceber e acompanhar de perto, o que fica oculto para uns e explícito para outros no carnaval. Dos ensaios a explosão na avenida!

CORTINA: Em seu primeiro ano, esteve à frente da melhor bateria de 2009 considerada pelo blog. Mas o enredo foi bem polêmico devido ao samba que a Tradição levou, quebrando totalmente a tradição dos sambas enredos. Qual seu comentário pra isso?

CAROL PABIQ: Eu sabia do enredo da tradição desde, o segundo semestre de 2008, n lembro exatamente quando.Em dezembro surgiram vários convites p desfilar em diferentes escolas de samba de belém no carnaval, como rainha da bateria ou como porta-bandeira. Um dos motivos que me fizeram escolher a tradição foi o enredo, exatamente por ser diferente, artísticamente se diria pós-moderno pois reune duas manifestações de cultura popular aparentemente diferente e distintas desse modo a escola traria algo que reune o tradicional e o novo com uma nova leitura, isso é pós-modernidade.

CORTINA: E no momento que o locutor anunciou que a Tradição estava autorizada a desfilar, qual foi seu sentimento ?

CAROL PABIQ: Muito nervoso! Não por medo, mas pela responsabilidade. Eu sabia que eu tinha escolhido aquela escola, aquela bateria e que a escola tinha me escolhido e que a bateria me tinha como rainha com muito carinho.

Eu não tinha apenas que estar bonita e sambando bem, mas tinha que defender o que a escola tem de melhor! Eu sei que a bateria da Tradição é a mellhor e por isso eu tinha que ser a melhor rainha; não a melhor rainha do carnaval, ou que eles já tivessem, mas a melhor que poderiam ter naquele momento!

Muitas pessoas depositaram confiança em mim e eu tinha a honra de ser uma rainha e eu me sentia reinando em vários sentidos.

CORTINA: Carol, uma mensagem para todos os leitores do blog e amantes de carnaval.

CAROL PABIQ: O carnaval é uma vivencia que todos deveriam passar, eu não me sentiria uma verdadeira brasileira se um colega estrangeiro chegasse e desfilasse em uma escola de samba e eu não, se eu fosse visita-lo no seu país e eu não pudesse contar nada sobre o carnaval, nada mais além do que somente um olhar de espectador, se eu moro no país que tem como sede o maior espetáculo da terra, e que aqui muitos trabalham o ano inteiro para desfilar em um evento que começa, quando chega a terça feira gorda acaba, que nunca morre, pois os brincantes, carnavalescos e diretores se reunem o ano inteiro e se confraternizam, há uma familía à parte no carnaval que tem um só objetivo: levar a escola pra avenida e dormir feliz por ter feito mais um carnaval...